O Taxista
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Um número que conta uma história mais bonita do que as palavras podem fazer.
39.
Eu sei que as pessoas acham que é um número estranho para um jogador de futebol. Mas, para mim, 39 é especial — não, é mais do que isso. É mágico. O número 39 me deu tudo na vida. Me trouxe aqui para Newcastle. Ele me alimentou, me vestiu e pagou viagens de ônibus de 3 horas para perseguir meu sonho.
039 era o número do táxi do meu pai no Rio de Janeiro.
Para mim, 39 é especial — não, é mais do que isso. É mágico. O número 39 me deu tudo na vida.
- Bruno Guimarães
Minha vida…. No começo, era simples. Eu vim ao mundo como a maioria das crianças brasileiras. E, desde os 5 anos de idade, eu era um apaixonado pela bola. A gente brincava na rua todos os dias com gols feitos de chinelos — as Havaianas, as Kenners, essas eram as nossas traves. Às vezes, usávamos pedras ou frutas que caíam das árvores. Fazíamos qualquer coisa funcionar. Não importava se valia uma coca-cola ou uma tubaína, não interessava o que ia acontecer em seguida, nós jogávamos para ganhar.
Eu cresci em Vila Isabel, à sombra do Maracanã — o velho e lindo Maracanã de bancos amarelos e verdes, com a rede “véu de noiva”. Eles costumavam ter uma regra de que crianças menores de 12 anos podiam entrar de graça, então, costumávamos reunir 20 de nós da vizinhança e ir ver qualquer partida. Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco. Não interessava quem estava jogando. Para nós, era mágico apenas estar lá. Os jogadores eram como deuses para nós. Até o goleiro reserva era um deus. Lembro que uma vez meu time de futsal foi jogar em São Januário e o Vasco profissional estava todo treinando lá. Perdi a cabeça, mano. Claro, eu não tinha celular na época. Eu não tinha nem mesmo um pedaço de papel. Aí eu fui pegar um guardanapo na hamburgueria e fiquei implorando para os jogadores: “Pelo amor de Deus, me deem um autógrafo!!! Não quero saber se você é o roupeiro!!! É só assinar o guardanapo, irmão!!!”
Falando agora é até engraçado, mas na verdade era sério para mim. Aquele guardanapo sujo era um objeto sagrado. E minha mãe ainda tem ele em casa, guardado num lugar seguro.
Para mim, o sonho era ser um desses deuses algum dia. Mas o engraçado é que minha mãe foi contra desde o início. Meu pai era louco por futebol, e quando ele queria que eu começasse a jogar futsal ela dizia: “Não, não e não! Ele vai ser nadador! Não posso ter mais um de vocês em casa! Isso vai me matar!”. Na verdade, ela me colocou na natação por seis meses, até o dia em que cheguei em casa chorando, dizendo: “Mãe, natação?! Sério??? Isso não tem nada a ver comigo. Desculpa, mas preciso jogar futebol”.
Meu ídolo era o Ronaldinho. Eu comecei como ala, porque era muito magro. Me lembro de quando estávamos jogando futebol aos sábados, das 8h às 20h, e eu sempre implorava para minha mãe comprar mais hambúrgueres para mim na barraca, só que ela dizia “não”. Eu só soube muito depois, mas eles já tinham colocado um monte de comida a crédito lá, e só podiam pagar no final do mês.
Durante muito tempo, sobrevivi à base de Guaravita e misto quente. Minha mãe trabalhava em uma loja de motos. Meu pai, claro, era taxista. No Brasil, especialmente no Rio, a gente leva uma vida difícil. Basicamente, você tem de trabalhar dia e noite. Mas aquele táxi amarelo manteve meu sonho vivo. Um dos únicos dias em que via meu pai era no sábado, quando ele vinha me ver jogar futebol. Mas isso me deixava nervoso, pra dizer a real. Meu pai era meu herói. E, no começo, ele me cobrava muito. Às vezes, ele até mesmo dizia: “Tô cansado de ver você perder. Você pode comer mais um hambúrguer hoje, mas só se o seu time ganhar”.
Nunca ouvi muitos jogadores de futebol falarem isso, mas quando comecei a jogar em um time de verdade, eu achava que não jogava nada. Ficava tão agitado na noite anterior aos jogos que tinha dores de estômago e começava a vomitar. Eu tinha dor de cabeça e febre às vezes e não conseguia dormir. Quando eu jogava, ao invés de jogar “leve”, eu me preocupava em estragar tudo. Sempre que eu jogava um jogo pra valer, era como se meu coração estivesse sempre batendo mais rápido. Era um bloqueio psicológico.
Então, quando eu tinha 11 anos, estava jogando uma pelada na quadra e não pensei que alguém estivesse olhando. Claro, como eu estava jogando para me divertir com meus amigos, eu me sentia livre. Eu estava acabando com o jogo. Não percebi, mas o meu treinador, Mário Jorge, estava assistindo do lado de fora com o pessoal mais velho. Depois do jogo, ele entrou na quadra e disse: “Bruno, deixa eu te perguntar uma coisa: Por que você nunca joga assim quando é pra valer?”.
Eu respondi: “Não sei o motivo. Não fico à vontade. É complicado”.
Ele disse: “Preste atenção, não fica preocupado. Jogue como se fosse para se divertir e veja o que acontece”.
No Brasil, especialmente no Rio, a gente leva uma vida difícil. Basicamente, você tem de trabalhar dia e noite. Mas aquele táxi amarelo manteve meu sonho vivo.
- Bruno Guimarães
Depois disso, conversei com meu pai e disse a ele a verdade. Pedi pra ele parar de me pressionar tanto quando eu jogava, porque estava me deixando muito tenso. Quando é seu herói pressionando você, às vezes, é demais. Graças a Deus meu pai aceitou numa boa e a partir daquele dia tudo mudou.
Quando jogava, dizia a mim mesmo: “Calma, é futebol. Jogue como se estivéssemos usando chinelos para montar as traves”.
Depois disso, superei o “bloqueio” e me desenvolvi muito bem. Mas ainda assim, minha jornada não foi a história de uma superestrela. Entre 11 e 12 anos, fiz teste para Botafogo e Fluminense e fui mandado de volta para casa. Eles não me quiseram. Acho que aguentei uns três ou quatro treinos no Botafogo até eles dizerem: “Não, obrigado”. No Fluminense, aguentei um ano inteiro, enfrentando 2 horas de ônibus depois da escola, antes de me dispensarem. Quando você é criança, ouvir um não, assim, pode te destruir, e muitas vezes eu quis desistir. Mas, graças a Deus, todas as vezes que eu queria desistir, minha mãe me contava a história do Cafu — e como todos os clubes o rejeitavam —, e ela dizia: “Você sabe qual é o seu sonho…”
Ela passou de querer que eu fosse um pequeno nadador para minha maior apoiadora. Minha mãe sempre acreditou em mim. Então eu segui adiante.
Passei a jogar no meio-campo quando fiz 13 anos, graças ao mesmo técnico, Mário Jorge, que me colocou no Audax Rio sem sequer fazer um teste. (Às vezes, anjos entram em nossas vidas.) Aos 15 anos, tive a chance de me mudar para o Audax São Paulo. Foi uma grande oportunidade, mas tive que deixar minha família e morar sozinho. Eu nunca vou me esquecer: meus pais me levaram numa viagem de 5 horas para São Paulo no táxi amarelo do meu pai. Eles deixaram seu único filho em uma cidade desconhecida, com um monte de crianças que ele não conhecia, em um dormitório apertado com 18 beliches.
Eu chorei na primeira noite. Chorava todas as noites.
Muitos de nós choramos, pra falar a verdade. Todas as noites, quando as luzes se apagavam, você via as crianças se virarem para a parede, então a gente ouvia os pequenos soluços. Nessa idade, você sente falta do seu cachorro, da sua cama, do cheiro da sua própria casa.... E as condições de vida não eram as melhores.
Minha jornada não foi a história de uma superestrela.
- Bruno Guimarães
Até morrer, nunca esquecerei esta história. Meus pais me deram um celular barato quando fui para São Paulo, e eu sempre o escondia debaixo do travesseiro quando saía para treinar. Quando voltava, eu ia até o travesseiro para ver se alguém me ligava. Então, uma noite, voltei tarde do treino, estava me preparando para dormir, subi no beliche de cima e coloquei a mão debaixo do travesseiro.
Mas em vez de um telefone de plástico, sinto algo... peludo. Mas, tipo, não é fofo. Não, não é o tipo fofo de peludo, mano. Era aquele tipo mais nojento de peludo. Foi daí que eu senti uma cauda.
Mas que p*rr4, senti um rabo!!!
Mano, se você pudesse ouvir o berro que eu dei.
E o ratinho gordo tá olhando pra mim, como que dizendo: “E aí, o que você tá fazendo na minha cama, rapá???”
Não, não era nem um ratinho. Era dos grandes. Parecia que tinha bebido shakes de proteína.
Desço do beliche tão rápido que bato com a cabeça na outra beliche. O rato começa a correr pelo quarto — e alguns caras pulam nas cadeiras, e os mais corajosos estão tentando persegui-lo com uma chuteira.
A gente conseguiu fechar a porta e isolar o rato. Daí tudo meio que se acalma, e eu, sentado na beira da cama penso: Mano, eu não posso dormir aqui. Vou ter de achar outra cama pra mim. Qualquer cama.
Nesse momento, quem entra voando na sala?
MAIS DOIS RATOS.
Todo mundo gritando: “AAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!! MEEERRRDAAAA!!!”
Eles entraram como se fossem donos do lugar. Eles nem ficaram com medo. Hahaha.
Me lembro de estar sentado naquela noite, pensando: Tô f#did#, mano! Eu não consegui nem mesmo colocar minha cabeça no travesseiro por uma semana.
Não vou mentir. Houve algumas vezes que minhas malas já estavam prontas. Uma vez, liguei pra minha mãe e disse a ela para me mandar o dinheiro da passagem de ônibus para casa. E posso ouvir a voz dela dizendo: “Fica tranquilo. Daqui a pouco, estaremos aí, juntos. Este é o seu sonho. É o que você quer”.
Eles costumavam ir me ver no táxi nos fins de semana. Mesmo na folga, meu pai não escapava do táxi amarelo, nº 039. Durante três anos, batalhei nos treinamentos. Aos 17 anos, ainda não tinha contrato profissional. É uma loucura pensar em garotos como Vinicius Jr. e Endrick — 16, 17 anos e — já eram estrelas. Eu? Eu estava bolando um plano B para me tornar um motorista de táxi como meu pai. Eu ganhava apenas uns R$ 400 por mês, e acho que minha conta de celular era de R$ 100. Se eu não conseguisse um contrato profissional aos 18 anos, teria que ser realista. Eu não queria que meus pais ficassem desapontados, então menti e disse que estava fazendo o teste de habilitação porque sonhava em ter um Golzinho quando assinasse o contrato. Mas, na verdade, eu estava trabalhando em meu plano B para a “vida real”.
Eu estava a meses de me tornar 039, se não tivesse uma chance.
Então... Sim, nem consigo explicar o que rolou a seguir. Tudo parecia acontecer quase da noite para o dia. O grande Fernando Diniz entrou na minha vida como técnico do Audax, e lembro que ele me procurou na pré-temporada e disse: “Bruninho, o que você escolher para a sua vida, você vai ser um dos melhores, porque você está determinado, você está focado”.
E eu nem tinha contrato na época, então pensei: O que eu escolher? Rá. Ele quer dizer futebol? Talvez eu seja o melhor motorista de táxi, hein?
Então ele disse: “Você tem a alma de um grande jogador”.
Eu pensei que o cara estava jogando conversa fora, ou apenas fosse maluco, pra dizer a verdade. Eu estava cansado e não achava que conseguiria.
Na temporada seguinte, eu estava certo! Diniz não me levou para o time principal. Então, eu pensei que ele fosse um furreca! Hahahah. “A alma de um grande jogador? Que merda, patrão!”.
Mas acho que ele teve alguma visão que eu não conseguia ver. Finalmente, logo que completei 19 anos, ele fez o meu sonho se concretizar. Diniz me chamou para jogar o Campeonato Paulista e nunca mais olhei pra trás. Esse foi o começo de uma montanha-russa louca. Em apenas quatro anos, passei do planejamento para tirar minha carteira de táxi para o empréstimo ao Athletico Paranaense e vencer a Sul-Americana, para o Lyon e jogar a semifinal da Liga dos Campeões, depois para o Newcastle e realizar o maior sonho da minha vida: jogar na Premier League.
Não consigo explicar, exceto dizer “39”.
Há magia neste número, e eu vou provar isso para você….
Quando fui emprestado ao Athletico, eu estava conversando com meu pai pelo telefone no dia que cheguei e disse: “Ei, que número você acha que eu devo pegar? Estou pensando em usar o 97, porque nasci em 1997”.
E ele retrucou: “Que tal 39? Isso é mais do que um número. 039 nos deu tudo o que temos, Bruno. Nossa casa, nossa comida, nossos móveis, suas chuteiras. Foi tudo por causa do nosso táxi”.
Então eu disse: “Sim, tudo bem. Vou perguntar se está disponível”.
Fui ao clube para levar meu exame médico, e quando me levaram para o vestiário, vi que estavam com meu kit e tudo no banco. Eu disse ao roupeiro: “Oh, eu queria perguntar sobre o número da minha camisa…”
E ele falou bem assim: “Número? Ah, eles já deram um pra você”.
Abri a sacola, desdobrei a camisa e… eu juro: 39.
O roupeiro disse: “Se você não gosta, podemos mudar”.
— Espera, você tá de brincadeira comigo? Você falou com meu empresário?
— Hein? Não, não falamos com ninguém. Estava disponível. Podemos mudar para qualquer coisa.
— Não, não, não. Esse é perfeito.
Logo em seguida, liguei para meu pai e disse: “Pai, você está brincando comigo? Você falou com alguém do clube sobre o meu número?”.
— O quê? Não. Do que você está falando?
— Eles já tinham uma camisa esperando por mim. Um número aleatório. Número 39.
Ele começou a chorar. Droga, até eu comecei a chorar!
Eu disse: “Isso é um sinal. Não se engane. Aqui, eu vou brilhar”.
Esse foi o início do período mais bonito da minha vida. Um período que continua até hoje. Quando dormia com os ratos, não acreditava muito em mim. Eu não esperava nada disso. Não imaginava que a torcida do Athletico cantaria meu nome como uma de suas lendas. Não imaginava que receberia um telefonema do grande Juninho me pedindo para jogar no Lyon. Não imaginava que vestiria a camisa da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo.
É engraçado, mas quando tive a oportunidade de me transferir para o Newcastle no ano passado, lembro de muitas pessoas dizendo: “Você é louco! Isso pode ser um desastre para você. Eles vão ser rebaixados. Você nunca vai jogar uma Copa do Mundo se mudar pra lá”.
Na época, o Newcastle era o penúltimo na tabela. Todos sabiam que estávamos em apuros. Mas sempre que alguém me perguntava qual era o meu sonho, desde os meus 15 anos, eu sempre dizia que era um dia jogar na Premier League.
Então, decidi vir para Newcastle. Mas tenho que ser honesto e dizer que nunca, em um milhão de anos, eu esperava ESTA experiência. Não, eu estaria mentindo pra você se dissesse que adoraria tanto, e que os fãs teriam abraçado minha família e eu assim.
Quando cheguei aqui, minha missão era apenas salvar o time do rebaixamento. Lembro que estávamos ganhando, ganhando, ganhando, mas olhávamos para a tabela e era como se estivéssemos colados nas últimas posições. Nós não conseguíamos sair do 18º lugar...
Então, jogamos contra o Leicester City em casa e, para mim, provavelmente foi quando me apaixonei pelo Newcastle. Marquei os dois gols da partida, e eles não poderiam ter sido mais diferentes — mais parecidos comigo. O primeiro foi um gol das ruas do Rio. O goleiro soltou a bola quando caiu sobre ela, e eu não ouvi o apito, então continuei chutando e chutando até que ela escorregou de suas mãos e rolou pela linha. E depois o segundo gol, aos 95 minutos... Tudo o que posso dizer é que, quando os torcedores do Newcastle estão agitados, como naquele dia, simplesmente somos incansáveis. Não conheço a ciência por trás disso, mas você pode continuar correndo para sempre. Pegamos a bola no nosso meio-campo, corri todo o campo e, quando vi a bola flutuando no ar, peguei um velho truque das aulas de natação da minha mãe. Mergulhei no ar como um golfinho, mano.
Eu cabeceei o cruzamento e então ouvi o rugido dos torcedores. Arrepiei. Tirei minha camisa e foi aí que soube que realmente estava na Premier League. Era uma atmosfera que eu nunca tinha visto antes, nem mesmo no Brasil. Lembro que desabei em campo quando soou o apito final, e estava apenas orando a Deus, agradecendo por ter me trazido aqui.
No vestiário, todos nós sabíamos que nunca mais cairíamos depois daquele dia. Para mim, tudo o que aconteceu desde então — terminar em 11º naquela temporada e chegar à final da Copa da Liga nesta temporada contra o Manchester United —, tudo isso nasceu naquele dia.
Espero ser uma lenda aqui. Sei que este clube pode ser um dos gigantes. Começa neste fim de semana. Ganhando ou perdendo, estamos de volta a Wembley e sei o quanto é especial para os torcedores.
Eu realmente fiz “o caminho mais longo” até este momento, mas acho que talvez eu valorize mais por causa de todos os contratempos. Quando vejo esses meninos e meninas em Newcastle com seus uniformes nº 39, com os cabelos tingidos de branco como o meu, simplesmente fico admirado. Isso me lembra de correr com o guardanapo da hamburgueria, implorando para os jogadores do Vasco darem autógrafos.
Espero ser uma lenda aqui. Sei que o Newcastle pode ser um dos gigantes.
- Bruno Guimarães
E eu me lembro de implorar à minha mãe depois da Copa do Mundo de 2002 para, por favor, raspar um triângulo no meu cabelo como Ronaldo. Ultimamente, muitas mães vêm até mim quando estou andando na rua, dizendo: “Bruno, você pode mudar o cabelo? Minha filha só quer cabelo branco agora”.
Agora que estou mais velho, sei que os jogadores de futebol não são deuses. Somos apenas pessoas. Ficamos nervosos, como qualquer pessoa. Nós falhamos, assim como qualquer um.
Mas, para mim, o futebol ainda é um jogo mágico. Minha mãe trabalhava em uma loja de motos. Ela sofreu para poder ver o filho voar, e agora é minha maior fã. Meu pai andava de táxi amarelo o dia todo e a noite toda, para eu comer um misto quente e um Guaravita. Agora, quando ele anda pelas ruas de Newcastle, do outro lado do mundo, as pessoas o param e pedem fotos.
Aqui ele é famoso.
O lendário 039.
O verdadeiro 39.