Camisas Negras Que Guardo Na Memória

Thiago Ribeiro/Agif/Gazeta Press

Eu tenho um sonho.

Eu quero marcar um gol pelo Vasco.

Tem que ser em São Januário. O nosso estádio. O estádio que os próprios torcedores ajudaram a erguer, e que representa a força do nosso clube.

Eu vou comemorar com a torcida.

E eu vou pedir pra ela cantar uma música.

Mas não é uma música qualquer. É a nossa música.

Eu vou tirar a camisa, levantar pro alto e escutar a torcida cantando.

Antes de te contar o final do meu sonho, eu preciso voltar no passado, até porque hoje é dia 7 de abril. Há 98 anos, o Vasco escrevia uma das páginas mais bonitas do futebol brasileiro, que ficou conhecida como a “Resposta Histórica”.

Com palavras simples, como estas que eu estou escrevendo agora, o clube mandou o papo reto: abandonou o principal campeonato da época por ser proibido de inscrever seus jogadores pretos, pobres e trabalhadores.

Nem preciso dizer que me identifico com a história do Vasco. Se eu estou em campo hoje, vestindo essa camisa, é porque lá atrás os vascaínos compraram a briga para que pessoas como eu tivessem o direito de jogar futebol.

Minha história não é diferente. Eu também tive que lutar muito para chegar até aqui. Pra minha sorte, encontrei um clube disposto a lutar — e que segue lutando — por mim.

O clube do meu coração.



E pensar que eu comecei no Flamengo, hein? Que doideira! Mas muita água rolou pelo caminho até o Vasco me encontrar. Vai vendo, irmão…

Quando criança, o futebol pra mim não tinha nenhum compromisso. Era jogar bola na rua com meus amigos e jogar futsal. Só isso.

Meu primeiro time foi o Vazado, lá em Barra Mansa. Nosso técnico era o Thiago Campbell, um cara maneiro, que lutou do meu lado desde o início. Ele não tinha carro, mas fazia questão de passar na minha casa para me levar pro treino. Então, o jeito era ir de bicicleta. Ele me botava na garupa e ia pedalando o tempo todo, na maior boa vontade. 

Graças a ele, eu comecei a disputar campeonatos no Rio de Janeiro, até que o Flamengo me viu jogando a liga infantil de futsal.

É engraçado que, quando eu ainda tava em Barra Mansa, fui brincar na rua e um amigo meu falou assim: “Ô, Juninho, fiquei sabendo que o Flamengo te quer”. Mas tirando onda, saca? A gente era novinho, eu nem levei a sério. Continuei jogando minha bolinha de gude.

Não é que passou um tempo e eu realmente fui pro Flamengo? Cheguei na Gávea com nove anos de idade. Pra mim, o futebol continuava sendo uma brincadeira. Mas uma brincadeira mais séria. Eu tinha que sair de Barra Mansa três vezes por semana para ir pro Rio e jogar futsal no Flamengo. Acabou virando um compromisso.

No meu primeiro dia de clube, os dirigentes me levaram para conhecer a sala de troféus na Gávea e me apresentaram os quadros com jogadores e times antigos do Flamengo. Daí eles perguntaram: 

— Tu é qual time?

— Eu sou Vasco.

Os caras piraram, né? 

— Ah, tu é vascaíno? Então não vai poder jogar aqui.

— Ué, tá bom, mas eu sou Vasco.

Jogar no time dos caras, beleza. Só que eu não ia deixar de ser quem eu sou nem esconder que torcia pro Vasco para chegar fazendo média com geral. Seria falsidade da minha parte.

Falando a verdade, enfrentar o Vasco era uma inspiração nessa época. Meu primeiro jogo no campo pelo Flamengo foi justamente contra o Vasco, e eu marquei um gol de pênalti. Não era legal fazer gol em cima do time que eu torcia, mas, ao mesmo tempo, eu queria jogar bem, o melhor que podia, torcendo para que um dia o Vasco me chamasse, entendeu?

Juninho vasco aniversario Players Tribune
Cortesia de Juninho

Tipo assim, eu sempre tive vontade de jogar no Vasco. Não só por ser o meu time do coração, mas porque achava a camisa muito bonita e estilosa. Uma camisa preta de manga comprida, linda. 

Quem me passou esse amor foi meu pai. Ele é muito Vasco. Lembro que no meu aniversário de dois anos a decoração era toda vascaína. Uma festa inesquecível. Na única recordação desse dia, minha mãe cortou meu pai da foto. Tava boladona com ele. Hahah!

Meus pais se separaram quando fiz cinco anos. Até os 10, eu morei com minha mãe em Barra Mansa. Por causa da rotina no Flamengo, treinando futsal na Gávea e campo no Ninho do Urubu, meu pai me levou pra morar com ele.

Primeiro, a gente morou em Nova Iguaçu. Meu pai abriu uma padaria e me colocou pra trabalhar. Eu acordava às cinco da manhã para abrir a padaria, varrer lá na frente e fazer pão com ele. Nunca tinha trabalhado na minha vida. Saía cansadão e ainda precisava atravessar a cidade para ir treinar no Flamengo.

No começo meu pai me levava. Com o serviço aumentando na padaria, ele disse que não teria mais condição de me acompanhar nos treinos, me deixou na estação e explicou o caminho:

“Tu pega o trem, desce em Madureira e, de lá, pega o ônibus que vai te deixar em frente ao Ninho do Urubu”, ele falou. “Ou tu vai pro treino sozinho ou tu volta pra padaria comigo.”

Vou pro treino!! Padaria nada, pensei.

Nem tanto pelo treino, sabe? Eu queria sair da padaria. Era muito ruim, mano. Trabalhar em padaria é horrível. Nada contra quem trabalha, mas, para uma criança de 11 anos, é pesado.

Como eu subi de categoria e mudaram o horário dos treinos no Flamengo pra parte da manhã, a gente teve que se mudar para Vargem Grande, que fica mais próximo do Ninho. Não dava pra sair de Nova Iguaçu todo dia de madrugada. 

Meu pai fechou a padaria e começou a fazer bicos. Eu e um primo que morava com a gente tínhamos que ajudar. Minha função era entregar panfletos na casa das pessoas. Às vezes eu botava um montão de uma vez ou jogava um pacotão dentro do rio só pra dizer que tinha entregado (foi mal aí, patrão! Kkkk).

Até que meu pai resolveu abrir uma barraca. A gente vendia de tudo: bala, doce, biscoito, água, guaraná, CD, DVD… E vendia bem, porque a barraca ficava em frente a um dos pontos de ônibus mais movimentados de Vargem Grande. Eu até disputava com meu primo pra ver quem fazia mais dinheiro. A barraca era o nosso sustento, que pagava as contas e o aluguel de casa.

Confesso que, durante todo esse tempo jogando no Flamengo, eu ainda não tinha noção do que era o futebol nem de como ele mexe com as pessoas. Eu não tinha maldade.

Vou te contar um negócio… Eu saía do treino no Flamengo e voltava pra casa. Nisso eu botava o conjunto do Vasco e ia pra barraquinha do meu pai. O pessoal não acreditava quando me via na rua:

— Pô, cara, por que tu tá com o uniforme do Vasco?

— Eu sou vascaíno, pô!

— Ué, não pode usar, não. Tu joga no Flamengo.

— Tem nada a ver, não. Eu sou Vasco.

— Tá maluco? Tem que tirar esse negócio aí, moleque.

Eu era meio maluquinho mesmo! =p

Juninho Filipe Luis Vasco x Flamengo
Buda Mendes/Getty Images

Teve uma vez que um frentista que trabalha num posto de gasolina do lado da barraca mandou eu tirar a camisa, com medo de alguém do Flamengo descobrir que eu estava com o conjunto do Vasco. 

“Me dá logo isso”, ele disse. “Aproveita e assina ela pra mim.” 

Ah é? Tenho que tirar a camisa? Então pega, tá assinada: “Guarde com carinho que um dia eu chegarei lá. De Juninho para o meu amigo Bira”, eu escrevi, e voltei pra barraca sem camisa.

Só que, nesse momento, meu sonho estava ficando cada vez mais distante. Com 15 anos, eu tive que sair de casa.



Eu e meu primo não tivemos infância. A gente não podia ir pra rua nem sair pra brincar. Era só trabalhar, trabalhar, trabalhar... Direto. As únicas coisas que eu fazia além disso era estudar e treinar no Flamengo. 

Ir à praia com os amigos? Nem pensar. “Tu não vai, não. Tem que trabalhar”, meu pai dizia. Se quisesse fazer, tinha que ser escondido. 

Um dia não aguentei e saímos para jogar bola. Quando a gente se tocou, já eram umas nove da noite. Se voltar pra casa, a gente vai apanhar, certeza, eu imaginei. Chegando na rua, lá estava o meu pai, esperando a gente com um madeirão debaixo do braço. Passei a madrugada inteira fugindo dele. No outro dia, na hora que fui pegar minha roupa para ir pra escola, nossas coisas já estavam fora de casa. Minha madrasta avisou que meu pai tinha expulsado a gente.

Meti o pé.

No começo a gente achou bom, porque não teria mais que trabalhar. Aí eu percebi que não tinha dinheiro pra nada, né? Nem pra comer. Como meu pai é muito conhecido em Vargem Grande, eu pedia comida nos lugares e botava na conta dele. Assim eu me virei por alguns dias, morando de favor na casa de um amigo.

Eu sempre tive vontade de jogar no Vasco.

Juninho

Então eu me liguei que já tinha idade de alojamento. Fui pedir pra morar no Flamengo, mas, chegando lá, os caras disseram que meu pai tinha me tirado do time. Como era menor de idade, eu dependia da autorização dele para continuar no clube, e ele não permitiu que eu jogasse mais.

Agora ferrou. Não tenho mais casa pra morar nem time pra jogar.

Cara, eu não sabia o que fazer. Tava totalmente perdido. Depois que saí da casa da minha mãe, em Barra Mansa, nunca mais tive contato com ela. Não fazia ideia nem de onde ela morava.

O jeito foi pedir ajuda para um empresário que eu conhecia. Hoje ele é famosão até, sempre meteu o maior broncão. A ligação não durou nem um minuto:

— Não tenho pra onde ir. Tu consegue me ajudar?

— Quem tem que te ajudar é teu pai. Eu não posso fazer nada por você.

— Pô, beleza, obrigado! Tamo junto!

Mano, eu tava com a cabeça perturbada, todo revoltado, pensando em ir pra favela e fazer merda, sacou? Tinha 15 anos e já queria chutar o balde da vida. E aí, depois de ser abandonado pelos meus pais e por todos que eu achava que estavam do meu lado, a tia Angélica aparece para me salvar de novo.

O filho dela jogou comigo no Vazado e no Flamengo. Sempre fomos muito próximos. Foi ela quem pagou o primeiro aluguel pro meu pai em Vargem Grande. Como a gente se conhecia há muito tempo, ela meio que me adotou, sabendo da minha situação, e me levou pra Volta Redonda para morar com o tio Cahê, que era o marido dela. 

Jamais vou esquecer o que senti no meu primeiro dia de sono na casa deles. Foi uma sensação muito boa. Eu fui dormir cedão e acordei às nove da manhã! Primeira vez na vida que levantei sem ninguém me tirando da cama, sem ter que sair de madrugada para trabalhar. Caraca, então é assim que as outras crianças vivem? Será que eu não tô sonhando?

Foram quatro meses vivendo sem pressão.

Depois que comecei a jogar no sub-15 do Volta Redonda, meus dias eram muito corridos, mas eu fazia as coisas com gosto, sem obrigação de nada. Ia pra escola, depois pro treino no Voltaço, saía direto pra igreja e ainda jogava futsal. A família da tia Angélica e do tio Cahê me tratou como um filho. E eu sou grato a eles por isso.

Na minha vida, sempre tive muita gente que me ajudou. A maioria das pessoas que eu chamo de “tia” ou “tio”, na verdade, não é parente de sangue. São pais de colegas de time que compravam lanche ou um tênis de futsal pra mim, que nem a tia Rosinha, patrocinadora oficial do Vazado.

Por isso que meus tios moram no meu coração.

Ah, faltou dizer como eu chego no Vasco, né? Longe da barraca e das preocupações com trabalho, eu me destaco no Voltaço em 2016. Vários times me chamam. Mas eu escolho o Vasco, é claro, porque era onde eu sempre quis jogar. 

Sabe aquele empresário que me esnobou quando eu tava ferrado no Flamengo? Ele ligou pra mim ao saber que tinha assinado com o Vasco: “Eu que te trouxe, hein!!”, ele disse. É mole? Respondi que nem da outra vez:

— Pô, beleza, obrigado! Tamo junto!

Fui morar no alojamento e comecei a me virar sozinho. No Vasco, eu recebi meus primeiros salários. Mas antes de virar profissional, eu dei trabalho. Não era um santo. 

Em vez de me mandar embora, o clube me acolheu. Quando geral me virou as costas, o Vasco estava lá para me apoiar. As tias do Colégio, assistente social, psicóloga… Eu teria que escrever um livro para agradecer todo mundo que me ajudou. Não fosse por eles, eu não estaria onde estou hoje, a real é essa.

Juninho Vasco barraca pai Xandao
Cortesia de Juninho

Dia desses, por coincidência, eu voltei ao alojamento em São Januário. Já tinha virado profissional, jogado como titular e tudo. Era de noite, maior escuridão. Fui pra arquibancada, subi todos os degraus e sentei lá no alto do estádio. Eu estava sozinho. Não tinha mais ninguém em volta do campo. Parei ali e fiquei olhando pro céu, olhando pra Barreira. 

Veio um filme na minha cabeça, lembrando de quando eu cheguei no Vasco, da primeira andada em São Januário… Caramba, há pouco tempo eu não tinha nada, tava aqui como torcedor, e hoje eu jogo no Vasco. Que doideira!

Eu fazia muito isso quando tava na base e morava no alojamento. Não tinha dinheiro para sair pra Barreira, tomar um lanche, essas coisas… Aí eu ia lá pra cima e sentia algo parecido com o que senti no dia em que acordei tarde na casa da tia Angélica. Era muito maneiro. 

Lembrei também da primeira vez que fui assistir um jogo em São Januário. Eu devia ter uns sete anos, no máximo. Tava com um pouco de medo, porque o pessoal falava que o estádio era perigoso, que era no meio da favela. 

Mas assim que chegamos, eu já me apaixonei, na moral. Vi aquele murão grandão assim… Pô, que coisa maravilhosa! Entrando no estádio, eu olho pro chão e vejo um montão de nomezinhos nas placas da Calçada da Fama. E eu ficava lendo um por um pra ver se encontrava algum conhecido. Hoje entendo porque chamam esse lugar de Templo do futebol.

Juninho Vasco Flamengo Maracana
Buda Mendes/Getty Images

Por falar em templo, minha primeira vez no Maracanã foi bem mais velho: 22 de janeiro de 2020. Era o meu primeiro jogo pelo time principal do Vasco. Eu nunca tinha entrado no Maraca até o dia da minha estreia. Adivinha contra quem?

Flamengo.

Mais um filme que vem na cabeça. Dessa vez sou eu molequinho, dormindo no trem de Madureira em direção à Central do Brasil e acordando enquanto observo o Maraca do outro lado da janela. “Um dia vou jogar aí, um dia vou jogar aí”, eu falava comigo mesmo, sem saber direito se era sonho ou realidade.

Na vida real, jogar o Clássico dos Milhões defendendo as cores do Vasco não é brincadeira. Quando você chega no túnel para o gramado e vê as duas torcidas — a nossa gritando mais alto, como sempre —, dá até um calafrio. Nessa hora, não importa se é clássico ou amistoso, eu sempre choro antes de entrar em campo. Sempre, não tem jeito. Me emociono pra valer, porque me sinto um torcedor privilegiado por vestir essa camisa lá dentro.



Acredite, São Januário é a minha casa. Eu morei muitos anos lá, cara. Era tanto barulho que ninguém conseguia dormir em dia de jogo. A gente aproveitava e ia pra arquibancada torcer.

Teve um jogo que a torcida preparou um mosaico de 1927, o ano de inauguração do nosso estádio. De repente, todos os torcedores em volta tiram a camisa, levantam pro alto e começam a cantar “Camisas Negras”.

Não tem como ser Vasco e ser racista, impossível.

Juninho

Eu nunca tinha escutado essa música, nem sabia a letra, mas me arrepio todo logo nos primeiros versos. Antes de acabar, eu também já estava sem camisa, que nem daquela vez que o Bira me fez tirar o conjunto do Vasco no posto de gasolina — ele trabalha lá até hoje e ainda guarda a camisa que eu assinei pra ele.

Por isso Camisas Negras é a música do Vasco que eu mais gosto. Ela recorda os ideais do clube que lutou por negros e operários. E que continua lutando contra o racismo.

Mosaico Vasco racismo Sao Januario 1927
André Mourão/FotoFC/Gazeta Press

Em 2020, num jogo na Bolívia, eu estava aquecendo quando escutei alguns sons diferentes vindos da arquibancada. Demorei a entender. Não era um torcedor. Era o estádio inteiro imitando macaco e fazendo “uh uh uh” para me provocar.

Cara, eu nunca tinha vivenciado uma coisa dessas antes. Foi muito ruim, muito revoltante.

Mas o Vasco não se calou. Na hora, todos os jogadores me defenderam. Inclusive, o Ricardo Graça, que é branco, foi um dos primeiros a reclamar com a arbitragem. A diretoria me deu apoio, denunciou os atos e fez um manifesto cobrando respeito. Também recebi muitas mensagens de solidariedade dos nossos torcedores. Não tem como ser Vasco e ser racista, impossível.

É por essas e outras que meu sentimento de gratidão pelo clube será eterno. O Vasco me fez ser quem eu sou. O Vasco cuidou de mim quando meus pais não estavam presentes. 

Depois de sair de casa, fiquei quase um ano sem falar com meu pai, mas já superamos esse desentendimento. Hoje eu sinto até um pouquinho de saudade dos tempos na barraca e na padaria. Aprendi a me virar sozinho desde cedo, e isso foi importante para mim depois que saí do alojamento em São Januário para morar na Barreira.

Juninho Vasco texto The Players Tribune
Gazeta Press

Meu pai vai fechar a barraca em breve. Agora que tenho condições, quero dar uma vida melhor pra ele. A minha mãe eu reencontrei há quatro anos, e ela veio pro Rio comigo. O Vasco trouxe de volta a minha família.

Jogar por este clube é uma responsabilidade dobrada. Sofro como torcedor em cada derrota. Me cobro como torcedor pelos erros. E como torcedor que sou, não posso dar os mesmos moles do passado. Quero pegar as manhas, descobrir todos os atalhos do campo, para ser um jogador melhor a cada dia e ajudar a recolocar o Vasco no topo. Sei que, quando eu quero, eu consigo.

Opa, já ia esquecendo de contar o resto do meu sonho. Aqui vai…

Eu quero fazer um gol pelo Vasco, tirar a camisa, levantar pro alto e comemorar com a torcida em São Januário. E quero que todos os torcedores cantem Camisas Negras. 

Tá, essa é uma música que nossa torcida só canta antes dos jogos começarem. Me dá vontade de estar na arquibancada de novo, ainda mais agora que aprendi a letra, só para poder cantar com vocês.

Humildemente, este é meu único pedido, o meu sonho de menino. Comemorar um gol e ouvir a nossa música. Para guardar pra sempre na memória o orgulho de ser representado, de ser um torcedor dentro de campo.

Que honra ser.
Saiba eu sou vascaíno, muito prazer.

Autografo Juninho Vasco

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